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Outsiders e o Líder do Futuro

  • Foto do escritor: Jefferson W. Santos | Ad Astra
    Jefferson W. Santos | Ad Astra
  • 28 de set.
  • 3 min de leitura
Imagem AI Monica
Imagem AI Monica

Qualquer empresa, para manter a competitividade no mercado, precisa de gestão estratégica para atingir a eficiência e a produtividade.


Além de ter a missão precípua de atender ao mercado, os líderes precisam gerir, com eficiência, os rendimentos subtrair destes, os lucros para pagamento de impostos e de salários. Do que sobra, vêm os investimentos e benefícios.


Portanto, a responsabilidade precípua das lideranças em qualquer empresa é a de atender aos requisitos acima descritos.


Ocorre que o advento da atualização da NR 01 mudou essa lógica. Prevalece, de acordo com aquela Norma, a segurança ocupacional e o bem estar dos funcionários. Para esses critérios críticos os investimentos de recursos devem, por força de lei, serem priorizados.


O profissional de TST, frente a esse novo cenário, ganha uma relevância na gestão estratégica da empresa. Contudo, para conduzir a Gestão dos Riscos Ocupacionais, ferramenta básica daquele objetivo maior, ele depende de profissionais externos (caso a empresa não os tenha no elenco de funcionários).


Os OUTSIDERS são:


  • o médico de trabalho que elabora o Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional (PCMSO – NR 09),

  • o psicólogo organizacional que elabora os relatórios da Gestão do Risco Psicossocial (NR 01) e

  • o ergonomista que elabora e assina a Análise Ergonômica Preliminar (AEP – NR 17).


Esses três OUTSIDERS finalizam, assinam e entregam seus respectivos relatórios ao engenheiro de trabalho -quarto outsider- que elabora e assina do Programa de Gestão de Riscos Ocupacionais (PGR – NR 01).


Esses OUTSIDERS, via de regra, não desenvolverão seus respectivos projetos preocupados com questões de produtividade e de competitividade da empresa, tampouco se preocuparão com a perspectiva estratégica da integração setorial e dos atores do ambiente externo que, eventualmente, possam interferir -positiva ou negativamente- na consecução das demandas -não módicas- apresentadas em seus respectivos relatórios.


Esses relatórios não são optativos, pelo contrário, são de caráter compulsório e impositivo -pela NR 01-. As não conformidades geram multas ou interdições.


Apesar de não elaborar e assinar o PGR, o profissional TST é o principal responsável por sua gestão na empresa. Para tanto, ele precisa articular com setores para dar consecução ao plano de ação, que é a operacionalização daquele PGR.


Os OUTSIDERS, com sua natural isenção de aderência às demandas estratégicas e competitivas da empresa, geram custos (tempo e recursos) que darão impacto -quando não, desconforto- à gestão das lideranças não só da empresa como as, setoriais pois, conforme preconiza tanto a NR 01 como a NR 17, as ações e projetos concernentes à prevenção e à mitigação dos riscos ocupacionais e a bem estar dos funcionários, prevalecem sobre os demais empregos de recursos da empresa em busca de seus objetivos de produtividade e competitividade.


A estruturação e a composição do PGR (Inventário de Riscos e Plano de Ação) requerem tempo em cada etapa (AEP, PCMSO, Riscos Psicossociais -entrevistas e relatórios individuais-) e recursos -via de regra já diminutos em cada setor- para, então, serem agregadas à composição do PGR. Em termos de prazos, eles podem chegar a 180 dias e, como a data limite para a adaptação das empresas para a gestão do GRO se encerra em 26 maio de 2026, entendo que muitas empresas podem não ter “acordado” para essa nova realidade impositiva.


Para mim, se tem algum “fenômeno” corporativo que melhor caracteriza os enormes desafios de um Líder do Futuro, certamente estar em conformidade com a NR 01 é o principal deles.


E como a NR 01 estabelece que todos os funcionários de uma empresa são responsáveis pela consecução de todos os projetos distintos da NR 01 a pergunta que faço é: “Você e sua empresa já estão preparados?”


Boa sorte e sucesso.




 
 
 

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